sexta-feira, 29 de julho de 2011

Lixo: Preocupação crescente

O Meio Ambiente vem sendo bastante agredido e o volume de lixo tem sido um dos fatores preponderante para a problemática existente na atualidade. Sua discussão ganha força com a instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei Federal 12.305, de 02 de agosto de 2010, que estabelece responsabilidades aos geradores, sendo pessoas físicas ou jurídicas na qual devem dar o destino adequado ao lixo gerado, sendo incentivado a reciclagem e a política de logística reversa, ou seja, todos somos responsáveis pelo destino dado ao lixo. A logística reversa trata-se do chamado Ciclo de Vida dos produtos, entendida como responsabilidade compartilhada, fundamentada pelo artigo 225 da Constituição Federal que destaca como pilar de sustentação da PNRS. Outra lei criada é a Lei 15.112 de 19 de Janeiro de 2010, que proíbe o despejo de resíduos reaproveitáveis e recicláveis em lixões e aterros sanitários.

Florianópolis gera em torno de 466 ton de lixo/dia, o que equivale a 14 mil ton de lixo/mês, segundo dados de 2009, da COMCAP. São coletadas em torno de 25 ton/dia de lixo destinado a coleta seletiva, correspondendo apenas 6% do lixo gerado. Muito precisa ser feito pra mudarmos essas estatísticas.

O que seria a coleta seletiva?

Coleta seletiva de lixo é um processo que consiste na separação e recolhimento dos resíduos descartados por empresas e pessoas. Desta forma, os materiais que podem ser reciclados são separados do lixo orgânico (restos de carne, frutas, verduras e outros alimentos) e dos rejeitos (papel higiênico, fraudas, absorventes entre outros). Os materiais reciclados são: papéis, plásticos, metal, vidro, óleo de cozinha.

O material reciclado é encaminhado a empresas recicladoras diminuindo assim o volume de lixo destinado aos aterros sanitários.

Os condomínios são moradias do tipo vertical na qual possibilita maior concentração de pessoas num determinado espaço, ou seja, há um grande volume de lixo comparado a uma residência. Imagine que uma pessoa residente do município de Florianópolis gere em torno de 0,73 a 0,87 kg de lixo/hab.dia, segundo estudo realizado pela COMCAP em 2002. Um condomínio de 13 andares, com dois apartamentos por andar gera em torno de 57 kg de lixo/hab.dia, considerando 3 pessoas por apartamento. Estudos mostram que a grande parte do lixo produzido compreende a fração orgânica, mas quando misturado com o material reciclável compromete a destinação adequada - a reciclagem, objetivo da nova lei.

Assim, precisamos unir forças para lidar com as exigências da PNRS, separando de forma adequada os resíduos e dando uma destinação ambientalmente correta, garantindo qualidade de vida as gerações presentes e futuras. (Martins, 2011)

(Publicado no jornal da AMAPRAÇA, edição maio)