quinta-feira, 8 de março de 2012

Construção de usina de lixo atrai 10 empresas

Prefeitura de Porto Alegre tem prazo de 90 dias para analisar as propostas recebidas e informar se há viabilidade no projeto
Nove empresas brasileiras e uma estrangeira apresentaram ontem, em resposta a convocação da Prefeitura de Porto Alegre, propostas para construir uma Central de Tratamento de Resíduos Sólidos em substituição ao aterro sanitário do município de Minas do Leão, a 113 quilômetros de distância. Nos próximos 90 dias, técnicos vão analisar os estudos e definir se há viabilidade na implementação do projeto, cujo investimento está estimado em R$ 450 milhões.


Atualmente, o lixo da capital que não é encaminhado para reciclagem passa por uma estação de transbordo na Lomba do Pinheiro e acaba no aterro de Minas do Leão, que gera um custo mensal de R$ 2,7 milhões ao DMLU.

O montante se refere ao valor gasto no transporte até o município da região Carbonífera (R$ 31,40 por tonelada) e mais o depósito no aterro da Sil Soluções Ambientais (R$ 31,39 por tonelada). Por mês, partem da capital cerca de 44 mil toneladas de lixo não reaproveitado, a maioria por falta de separação.

Com o novo projeto, a ideia é acabar com o transporte para o aterro. “No mundo, hoje, há três ou quatro tecnologias diferentes para tratamento dos resíduos sólidos. Agora, vamos analisar os estudos e escolher a tecnologia, analisar a modelagem econômico-financeira e concluir se é viável”, explicou Edemar Tutikian, coordenador do Gabinete de Assuntos Especiais, que está à frente do projeto.

A hipótese mais provável é que Porto Alegre tenha uma usina de queima de resíduos, gerando energia elétrica. “É importante deixar claro que nada vai mudar na reciclagem. Vamos fazer uma triagem final para evitar que materiais que possam ser reciclados sejam incinerados”, garantiu Tutikian.

Se for viável, o projeto será uma PPP (parceria público-privada). A empresa que construir a central passará a receber da prefeitura pelo serviço. O custo, segundo Tutikian, pode ser maior para os cofres públicos, mas há ganhos ambientais com a redução do trânsito de caminhões e o fim do depósito de lixo em aterro.

Fonte: http://www.band.com.br/noticias/cidades